00:01:16 Assalto na parada LGBT, treta dos podcast no twitter e saúde mental
00:46:30 Toy Story 4
01:11:10 Quadrinhos de Power Rangers
01:24:35 Power Rangers
01:35:06 Aggretsuko
01:36:28 The Americans
Featuring music: Caetano Veloso - Cajuína e Emicida - AmarElo
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Esse é o Knurd Report de Junho, abrindo com A de “Amor japonês regado a saquê e barracos contidos” e “Ainda não superei meu cachorro e nem vou agora que meu mais recente filme fez uma fortuna na bilheteria”, continuando com B de “Bons monstros e muita fumaça”, “Beu Teus, a Tempestade é figurante de luxo OUTRA VEZ” e “Boas antologias é tudo o que um bom samaritano precisa pra ser feliz” e terminando redondinho com C de “Coroi, eu não acredito que assaltos realmente existem”, “Celebração de nós mesmos”, “Coceirinha no canto do olho ao final de um desenho sobre brinquedos que nunca abordará o que eles fazem quando seus donos entram na puberdade e começam a ver site pornô na sua frente”,“Comics nostálgicos que fazem você gostar de verdade de algo que na verdade você só gostava porque não tinha senso crítico”, “Camaradagem entre espectador e bichinhos que vivem como você só que são bichos então é mais engraçado e menos sofrido” e “Contínua tensão entre potências mundiais e ideologias díspares que causam desconforto e desunião num casal gente como a gente que só quer amar, ser feliz, criar seus filhos e matar guardas inocentes, just like you and me”. Então vem com a gente e lembrem-se sempre de lavar as mãos antes de dar o play. E antes de qualquer coisa, já que lavar as mãos é uma prática saudável não importa a situação.
Em A Baoa Qu, Federação e Zeon se enfrentam na última batalha da Guerra de Um Ano.
Café com Gundam é o seu cereal matinal feito de titânio de Luna, o blend perfeito da brisa da manhã e o cheiro de pólvora nos campos de batalha do Ano de Guerra. Toda semana, Darko assiste um episódio enquanto toma um chazinho e comenta suas impressões enquanto novato na franquia que revolucionou a ficção científica no Japão. Voe, Gundam!
Apesar de ter perdido metade das suas forças com o disparo do Raio Solar de Gihren, a Federação segue em frente com seu ataque final a Zeon. O último obstáculo precisa ser superado: a fortaleza espacial A Baoa Qu.
Café com Gundam é o seu cereal matinal feito de titânio de Luna, o blend perfeito da brisa da manhã e o cheiro de pólvora nos campos de batalha do Ano de Guerra. Toda semana, Darko assiste um episódio enquanto toma um chazinho e comenta suas impressões enquanto novato na franquia que revolucionou a ficção científica no Japão. Voe, Gundam!
Lalah e Amuro se preparam para o triste encontro dos dois, agora em batalha. Zeon está perdendo a guerra e Degwin e Gihren tomam medidas drásticas, cada um à sua maneira.
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00:02:32 Godzilla: King of the Monsters
00:54:32 Dark Phoenix
01:09:41 The Twilight Zone
Featuring music: Oreia - Ostentação e Oreia - 14
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Zeon está preparando uma arma mortal para se defender da investida final da Federação. Enquanto isso, Lalah e Char lideram as investidas contra as forças inimigas que se agrupam em Solomon.
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00:05:50 Ainori
00:48:08 John Wick: Chapter 3 – Parabellum
Featuring music: 椎名林檎 - 鶏と蛇と豚 e Hot e Oreia part. Djonga - Eu Vou
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A Federação está se preparando para uma investida final contra Zeon. Enquanto isso, os adversários resolvem usar uma arma surpresa: Challia Bull, o piloto newtype que acaba de retornar de Júpiter.
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00:01:26 Aladdin
00:28:28 Discovery
Featuring music: Adriana Calcanhotto - Lá Lá Lá e Letrux - Ninguém Perguntou Por Você
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Em retrospecto, algumas horas mais tarde, Gabriela se daria conta de que a sensação do ar em seu rosto era estranha, artificial, um eco que não condizia com a época do ano nem com a localização de sua casa. Além do mais, apesar da certeza de que estava em pleno dia, tentando recordar aquele momento ela se dava conta de que poderia muito bem ser de noite, ou durante o crepúsculo, e pra falar a verdade ela nem conseguiria precisar ao certo se tinha de fato saído da casa… Era como se a certeza se esvaísse no momento em que se manifestava, e uma solidão imensa tomou conta de sua alma, uma sensação de desamparo e temor, e ela quis voltar.
Os sons dos carros passando e suas luzes ofuscando seu rosto, refletindo o sol ou a lua ou as luzes dos postes, ela não tinha certeza, pois o tempo passava acelerado em torno de si, como se estivesse presa em um daqueles vídeos de timelapse que Valéria adorava mostrar-lhe nas horas mais inoportunas, deixava-a mais confusa do que segura; O céu tingia-se de uma miríade de tons, dos mais claros aos mais escuros, e as luzes da cidade acendiam e apagavam enquanto o sol se revezava com a lua e as nuvens bailavam mudando de forma, dobrando-se e dissolvendo-se em si mesmas. Quando assistia a esses vídeos, Gabriela sempre pensava nas vidas que começavam e acabavam naqueles cenários, durante o que para o espectador não passavam de meros segundos, em que se podiam admirar com atenção belezas naturais banais que a limitada percepção sensorial humana deixava passar. E Gabriela naquele instante pensava no quão enganada e extremamente infectada estava sua percepção da realidade, agora que nem ao menos conseguia diferenciar o exterior do interior.
Ela pontuou cada palavra mental com uma nota de desdém e vergonha por mais uma vez considerar o impossível apenas improvável… engoliu seco, repentinamente mais calma, agora que tomara a decisão de voltar pra casa. Claramente procurar Valéria fisicamente em algum lugar seria uma viagem tão louca quanto cheirar Ketamina e sair para pagar contas. Ela lentamente virou-se e pôs-se a caminhar em direção a casa, percebendo com susto e alívio que não havia trancado a porta, o que seria perigoso naquele bairro, mas pelo menos não precisaria perder mais tempo procurando pelas chaves. Era engraçado que tivesse medo de ladrões físicos quando estava sendo roubada no plano espiritual, e assim sendo se conformava por ainda ter uma porta, e era nisso que pensava enquanto entrava e já não pisava no seu felpudo tapete de boas vindas produzido na forma do logo da Resistência de Star Wars. Enquanto sentia luto pela perda do item, se perguntava se por acaso ficaria sem a casa em si, se o teto sumiria e todas as paredes e se a própria terra debaixo de seus pés desapareceria; qual era o critério afinal? O imóvel era alugado, mas o dinheiro do aluguel não era totalmente adquirido por meios legais… isso entraria nas regras? Qual seria o código moral de um demônio Robin Hood?
Gabriela fechou a porta, que ainda estava ali, e se perguntava se alguma parede já teria sumido, ou então a privada, quando vários quadros desapareceram um por um da parede diante de si, trazendo a um aparente fim a terrível maldição. Eram os últimos objetos e tudo o que agora restavam eram algumas pequenas peças da mobília original de Gabriela, que costumava conter vários móveis, antes de terem sido descartados para dar lugar ao proibido.
Gabriela sentou-se no meio do chão e abraçou as próprias pernas, ali permanecendo num catártico estupor, sem forças para acreditar no problema, tampouco para refutá-lo. Talvez ali ela estivesse alcançando um nível espiritual muito almejado por diversos sábios e yogis: talvez ela fosse a personificação da resiliência, o bambu que dobrava ao vento, mas não quebrava,
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Ela sempre sonhava com coisas desconexas e muito específicas quando desmaiava, porém dessa vez fora mais pesado que o normal, então ela sonhou com manjericão, com aviões, artigos sobre buracos negros e vasos amaldiçoados…Em algum recôndito cerebral todos esses e outros elementos se conectavam, passavam uma mensagem e colocavam pra fora alguma questão que talvez necessitasse de maior atenção. Somente uma dessas mensagens costumava ser facilmente decifrada, e sua principal preocupação quando foi ao chão também protagonizou boa parte de seus delírios inconscientes; E era sobre o maldito vaso amaldiçoado que ela pensava enquanto lentamente recobrava os sentidos e segundos antes de sentir uma dor aguda na cabeça, aquela dor que só ocorre quando seu corpo bate no chão sem encontrar nenhum tipo de resistência, a dor que alguém sentiria se estivesse ressuscitando, talvez…Gabriela sonhara também com ressureição, ela agora se lembrava; ela sempre se lembrava dos sonhos mais absurdos primeiro, se perdia em detalhes de dois ou três deles e em segundos os esquecia por completo. E agora qualquer outro sonho era esquecido imediaramente, afogado pela urgência da situação assustadora e desconhecida em que se encontrava.
Gabriela se via incrédula, quase boquiaberta, sem sequer saber como traduzir no rosto as novas emoções que cruzavam seu corpo, enquanto sentava no chão agora vazio de seu apartamento quase totalmente vazio, repentinamente espaçoso agora que mais da metade do lixo inútil que guardava havia desaparecido. Ela correu os olhos de um lado a outro do cômodo, tentando lembrar de todas as coisas que antes estiveram ali, a fim de conferir a veracidade da profecia, e notar que apenas itens relacionados a seus crimes haviam sumido; Tais itens eram tão numerosos e sem importância que perceber seu sumiço seria desafiador até mesmo para uma garota que não tivesse acabado de quase sofrer um traumatismo craniano. Algumas faltas eram mais obviamente sentidas que outras, como o relógio cuco acima da TV, que por acaso ainda estava ali, a despeito de também ter sido adquirida com dinheiro de proveniência ilegal. Talvez Gabriela devesse ficar olhando pra ela, pra ver se realmente desaparecia no ar. Talvez se a TV quebrasse o padrão e permanecesse em seu devido e lógico e previsível lugar, Gabriela teria a prova definitiva de que não estava sendo punida por forças sobrenaturais. Talvez ela estivesse mesmo precisando do suco detox e tudo fosse uma alucinação. Se pelo menos conseguisse falar com Valéria, poderia esclarecer o que havia acontecido nas horas perdidas.
Olhando em volta, ainda meio zonza, Gabriela percebeu que o celular de Valéria provavelmente voltara ao lugar em que pertencia, ou seja, diante do rosto obcecado de sua amiga. Ele não mais estava caído no chão, o que dava credibilidade à teoria de que tudo era alucinação e garantia então a Gabriela o direito de ligar de novo para a amiga. Ela pegou seu telefone, iniciou a chamada e os toques começaram. Ela nada ouvia no recinto, ainda bem, e começava a pensar aliviada que talvez o desmaio tivesse ajudado a sacudi-la de volta para a realidade.
A sensação de frio na barriga que Gabriela teve quando os toques pararam e ouviu um certo ruído de carros passando e vento soprando era sem precedentes; por alguns segundos ela não sabia se a ligação fora atendida ou caíra, se os ruídos eram mesmo de um lugar real ou apenas estática interpretada erroneamente por ouvidos esperançosos. E então seu sofrimento entrou em um momentâneo hiato.
– Alô, Gabi?
– PUTA QUE O PARIU, VALÉRIA! – Exclamou Gabriela, tão nervosa que nem estranhara o fato de que Valéria não atendera com “Fala, piranha”, e quase nunca a chamava por “Gabi”. Ela não diminuiu o tom enquanto colocava-se de pé cambaleante, sentindo que precisava fazer Valéria sentir-se espancada apenas com o poder de sua indignação. – PORRA MANO, cadê você? Car